Quem sou eu

Um nome curioso com uma grafia pouco convencional, ele vem da memória infantil de uma brincadeira que desafia a criança a ficar quieta, mas na realidade leva ao desejo de provocar o outro até que ele se desconcentre e se perca em gargalhadas ou falas: “ Vaca amarela pulou a janela, fez cocô na panela, quem falar primeiro come toda sujeira dela.” E a grafia... coisa de avó numeróloga: juntar as duas palavras, subtrair um “a”, acrescentar um “l” ... tudo por uma energia mais vibrante! E se com mãe não se discute, imagina com avó.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Cabide de ideias - NADA MAIS SÉRIO DO QUE UMA CRIANÇA BRINCANDO


Tereza Nobrega
NADA MAIS SÉRIO DO QUE UMA CRIANÇA BRINCANDO

“A criança joga (brinca) para expressar agressão, adquirir experiência, controlar ansiedades, estabelecer contatos sociais como integração da personalidade e por prazer.” Winnicotti
Brincar é essencial na vida da criança. Através das brincadeiras a criança se descobre e descobre o mundo que a cerca. Por ser uma atividade espontânea, o "brincar" instiga a criança a se conectar com sua criatividade e habilidades, desenvolvendo a concentração, a linguagem, a memória, a imaginação, o afeto, entre outros atributos essenciais à saúde humana.
As experiências lúdicas geram prazer e, por sim mesmas, nutrem um profundo sentido à própria existência. Muito além de apenas satisfazer sua curiosidade durante a brincadeira, a criança transforma a própria realidade com sua imaginação e organiza suas angústias, pois, neste momento, ela sente-se livre para expressar seus sentimentos. A criança ora é fada, ora é bruxa, vira mãe, pai ou filho em questões de segundos. Essa liberdade de SER transforma a criança e a leva a encontrar recursos internos para lidar com a sua própria realidade e dar novos significados as suas experiências.
A brincadeira leva a criança ao encontro com outro internalizando os valores sócio-culurais, parceria e confiança, assertividade, além de favorecer o aprendizado para a vida adulta, uma vez que se relacionar em grupo leva o desafio de lidar com as próprias frustrações e o exercício de ouvir e de se fazer ser ouvido, entre outras tributos. Portanto, neste momento em que as crianças mais velhas estão tão seduzidas pelos jogos eletrônicos, é importante que os pais e/ou seus cuidadores equilibrem o tempo dessas atividades em relação às atividades em grupo. A criança com um bom arsenal de experiência lúdica, naturalmente, se tornará um adulto mais flexível e emocionalmente mais preparado para enfrentar os desafios da vida.


Tereza Nobrega é uma “colecionadora de segredos”, atuando como psicóloga clínica, hospitalar e psico-oncologia há cerca de vinte anos. Além dos teóricos e filósofos acadêmicos conhecidos, inspira-se em Clarice Lispector e Mario Quintana para alimentar a alma. Com suas andanças pelo Brasil afora, ela possui uma relação especial com seus afetos, pois aprendeu muito cedo o valor dos momentos vividos e as infinitas possibilidades do coração. É mãe do Rafa, uma criatura linda que vem lhe ensinando o melhor do amor!

http://youtu.be/HpiqpDvJ7-8 , Tizuko Morchida, professora de Educação da USP, fala sobre a importância do papel das brincadeiras na formação de uma criança.

Nenhum comentário: